RIO - A sete meses das eleições, mais da metade dos deputados estaduais do Rio deve explicações à Justiça, conforme mostra reportagem de Cássio Bruno publicada na edição deste domingo do GLOBO. Dos 70 parlamentares da Assembleia Legislativa (Alerj), a maioria com intenção de concorrer à reeleição ou ao Senado, 37 respondem a processos que tramitam nas esferas estadual, federal ou eleitoral da Justiça, além de serem investigados pelos tribunais de contas do Estado (TCE) e da União (TCU). O levantamento foi feito pela ONG Transparência Brasil no segundo semestre do ano passado e atualizado pelo GLOBO nas duas últimas semanas.
Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) tentaram impedir a candidatura de pessoas com problemas com a Justiça, mas nem o Congresso nem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram a medida. Com isso, só não pode disputar eleições aquele político que tiver sido condenado em última instância. Mas o TSE decidiu que, já neste ano, vai divulgar as fichas corridas de quem tem contas a prestar ao Judiciário.
Dos cerca de 70 processos nos quais os parlamentares são citados, pelo menos 35 deles dizem respeito diretamente à atividade político-eleitoral dos acusados: são casos de infidelidade partidária, abuso de poder econômico e irregularidades nas prestações de contas quando os deputados ocupavam cargos de prefeito ou de vereador.
De acordo com a Transparência Brasil, há também processos por acusações criminais, como formação de quadrilha, extorsão e homicídio. Existem ainda registros de crimes ambientais, irregularidades no repasse de verbas públicas e enriquecimento ilícito.
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