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sexta-feira, 19 de março de 2010

MENSALÃO DO PT - Ministério Público diz que inquérito sobre mensalão não cita tesoureiro do PT

da Folha Online
Em nota divulgada nesta sexta-feira, o Ministério Público Federal afirma que a documentação do inquérito do mensalão sobre o corretor Lúcio Funaro não traz informações sobre o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Funaro é antigo dono de uma corretora citada no inquérito. A instituição é acusada de comprar de parlamentares informações privilegiadas para operar no mercado financeiro.
"Tanto na documentação remetida pela PGR à São Paulo, que embasou a denúncia, quanto na própria acusação formal remetida à Justiça pelo MPF-SP, em resposta a inúmeros questionamentos da imprensa, é necessário esclarecer, não há nenhuma menção ao ex-presidente da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) João Vaccari Neto, atualmente tesoureiro do Partido dos Trabalhadores."
Funaro e José Carlos Batista, ex-sócio da Guaranhuns Empreendimentos, respondem em São Paulo a processo por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A denúncia que gerou a ação penal foi oferecida pelo Ministério Público Federal em São Paulo, em junho de 2008.
Segundo o Ministério Público, "os documentos recebidos da Procuradoria Geral da República, que embasaram a denúncia, oferecida pela procuradora da República Anamara Osório Silva, em São Paulo, demonstram que, através da Garanhuns Empreendimentos, empresa de Funaro e Batista, se garantia a dissimulação da origem e do destino de valores que iam da SMP&B ao antigo Partido Liberal". "As transferências chegaram ao valor aproximado de R$ 6,5 milhões."
A Procuradoria informa ainda na nota que não pode confirmar se o depoimento de Funaro, concedido em Brasília, "se deu sob o instituto da delação premiada". No depoimento, revelado pela revista "Veja", o corretor contou que Vaccari atuava informalmente como representante do governo federal na intermediação de investimentos dos fundos de pensão em negócios privados.
Segundo a revista, Funaro revelou que, para incluir os fundos em negócios privados, Vaccari cobraria propina de 12% para ser repassada ao PT. O dinheiro alimentaria campanhas e serviria para a compra de apoio político.

 

 

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