GOVERNO LULA/Governo anuncia corte de R$ 21,8 bilhões no Orçamento de 2010, o maior do governo

Previsão de crescimento de 5,2% na economia para esse ano foi mantida

Mariana Londres, do R7 em Brasília

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O governo federal anunciou o corte de R$ 21,80 bilhões no Orçamento deste ano, o maior do governo Lula, considerando os dois mandatos. O relatório orçamentário foi apresentado nesta quinta-feira (18) pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

A princípio, esse anúncio de corte no Orçamento federal não deve ter impacto na vida dos brasileiros, porque o governo diz que não haverá redução nos gastos com saúde, educação e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

- Nós fizemos uma programação que achamos compatível com as necessidades do governo. Não estamos cortando nada do PAC e nem de programas de assistência, saúde e educação. Preservamos os programas sociais e a meta de superávit primário, que será mantida e cumprida - disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

O ministro informou que os números dos cortes no Orçamento por área não serão anunciados nesta quinta-feira porque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu alguns ajustes. Segundo ele, o detalhamento dos cortes será publicado dentro de dez dias.

O corte no Orçamento serve para que o governo atinja a meta de superávit primário - economia feita para pagar os juros da dívida pública. Este ano, o governo espera economizar o equivalente a 3,3% do PIB (produto interno bruto, ou soma das riquezas produzidas no país), o que representa R$ 113 bilhões.

O Orçamento de 2010 já foi aprovado pelo Congresso Nacional e aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O relatório apresentado nesta quinta-feira (18), no entanto, tem uma estimativa real de gastos e receitas do governo e uma revisão, portanto, de metas e parâmetros econômicos.

A receita, de acordo com o ministério do Planejamento, será R$ 17,7 bilhões menor do que a aprovada no Orçamento. A receita total, na Lei Orçamentária, é de R$ 851, 5 bilhões. Já as despesas serão R$ 16 bilhões menores que o previsto na Lei Orçamentária - que previa gastos totais de R$ 688 bilhões.

De acordo com a pasta, a previsão de crescimento do PIB (produto interno bruto, ou soma das riquezas produzidas no país) é de 5,2%. Em 2009, o PIB foi negativo em 0,2%. Na Lei Orçamentária, o crescimento do PIB estava estimado em 5%.

A previsão da inflação pelo IPCA (Índice de preços ao consumidor amplo) do ano é de 4,99%.A de inflação pelo IGP-DI está prevista em 5,91%.