quarta-feira, 17 de março de 2010

GOVERNO LULA/ECONOMIA - BC decide nesta quarta nova taxa de juros do país


Maioria dos analistas de mercado espera manutenção da Selic.
Mas economistas dizem ao G1 que há chance de alta imediata na taxa.
Do G1, em São Paulo

Depois de dois dias de reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide nesta quarta-feira (17) a nova taxa básica de juros da economia brasileira. A decisão deve ser anunciada no início da noite.

A expectativa da maior parte dos analistas de mercado ouvidos pelo BC na semana passada é de que os juros, hoje em 8,75% ao ano, sejam mantidos nesta reunião e aumentados somente na reunião de abril. No entanto, especialistas ouvidos pelo G1 dizem que existe a possibilidade de que a taxa suba.

O Copom define a taxa de juros, conhecida como Selic, com base no sistema de metas de inflação. Se os preços estão comportados, pode baixar a taxa Selic, mas se julga que a inflação não está compatível com a trajetória das metas, opta por elevar os juros básicos da economia.

Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo em relação à meta central. Assim, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.




Pressão
Para Alexandre Chaia, economista e professor da escola de negócios Insper (ex-Ibmec São Paulo), "se [o Copom não aumentar os juros] agora, terá que fazê-lo na reunião de abril".

Ele diz que existe "uma grande possibilidade" de que os juros sejam mantidos em 8,75%, mas que também é plausível que o Copom aumente a taxa em 0,25 ponto percentual, para 9% ao ano, "para mostrar que está preocupado com a inflação".

Para o especialista do Insper, o consumo continua crescendo e isso gera pressão inflacionária. "A indústria continua expadindo a produção e neste ano deve acabar com a capacidade ociosa", diz ele.

"Os juros deveriam subir em 0,25 ponto percentual", diz Roberto Troster, economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon) de São Paulo. "A inflação vem dando sinais claros de que existe uma pressão de demanda."

Troster lembra que a previsão dos analistas para a inflação em 2010 e 2011 já está acima do centro da meta do Copom, o que também pode fazer com que o banco prefira agir já na reunião desta terça e quarta-feira.

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