sexta-feira, 26 de março de 2010

ELEIÇÕES 2010 - Oposição vai entrar com nova ação contra Lula por propaganda antecipada


GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Animada com a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de multar em R$ 10 mil o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por propaganda eleitoral antecipada, a oposição vai ingressar na semana que vem com mais uma representação contra o petista. Desta vez, DEM, PSDB e PPS vão ao TSE questionar o evento realizado ontem, em Osasco (SP), onde o presidente ironizou a primeira multa de R$ 5.000 imposta contra ele pelo tribunal por campanha antecipada.
A oposição promete continuar a ingressar com representações no tribunal contra o presidente sempre que Lula utilizar atos do governo para falar da pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto.
"A eleição precisa ter equidade, tem que se simétrica. Cada vez que o presidente transgredir a lei, vamos em cima dele. Vamos continuar entrando com petições, já que isso é triste para a democracia", disse à Folha Online o líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC).
Na próxima representação, a oposição vai questionar a cerimônia de inauguração de 106 apartamentos populares inacabados em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Na ocasião, Lula disse que era impedido pela Justiça Eleitoral de mencionar o nome de Dilma, mas ironizou a primeira multa de R$ 5.000 aplicada por propaganda antecipada.
"Estamos fazendo um processo de reparação, e tenho certeza de que isso vai continuar. Eu não posso citar nome, já fui multado pela Justiça Eleitoral em R$ 5.000 porque disseram que eu falei o nome de uma pessoa. Então, para mim, não tem nome aqui", disse, observado pela pré-candidata.
A plateia começou imediatamente a gritar o nome de Dilma. Sem disfarçar o sorriso, Lula interrompeu o discurso e esperou o fim do coro. "Se eu for multado, vou trazer a conta para vocês. Quem é que vai pagar a minha multa? Levanta a mão aí, que eu vou cobrar." O público ergueu os braços.
Segundo a oposição, a Justiça foi "lenta" para classificar as atitudes do presidente como propaganda eleitoral antecipada. "O que isso tudo nos mostra é que a oposição está cautelosa em relação ao tema, mas nós vamos chegar lá", disse Bornhausen.

 


 

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