Andrei Meireles e Marcelo Rocha - Revista Época
Documento apreendido mostra que governador pagava manifestantes
Apoio remunerado -- Valdirzão ao lado de Arruda em um palanque. PF investiga origem do dinheiro para animadores
ÉPOCA teve acesso ao documento, encontrado pela PF no gabinete do jornalista Omézio Pontes -- ex-assessor de imprensa de Arruda, que desde o início de 2009 passou a cuidar também da arregimentação de pessoas para eventos na periferia de Brasília com a participação do governador. O papel apreendido é uma carta de Willams Cavalcante de Oliveira -- chefe da coordenação de projetos comunitários do GDF – para Rodrigo Arantes, sobrinho de Arruda. Até sexta-feira passada, Rodrigo era secretário particular do governador. Ele foi afastado do cargo pelo suposto envolvimento na tentativa de suborno de uma testemunha do escândalo do Panetone.
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ÉPOCA ouviu Omézio Pontes. Ele disse que não se lembrava na carta. Confirmou que atuava como coordenador de mobilização. “O que eu fazia era política”, afirma Omézio. Ele deixou o governo depois de aparecer em vídeos recebendo maços de dinheiro do ex-delegado Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção em Brasília. Há 10 dias, ÉPOCA vem solicitando uma explicação de Arruda para a carta. Ele não quis se manifestar.
A Polícia Federal investiga de onde saiu o dinheiro para financiar a equipe de Vadirzão: se foi diretamente desviado dos cofres públicos ou fruto de propina paga por empresas com contratos com o governo de Brasília. Os investigadores avaliam que, seja qual for a fonte do dinheiro, a carta é uma peça importante para a abertura de processo na Justiça contra Arruda.
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