Com uma série de ameaças nos bastidores, os aliados do governador José Roberto Arruda (ex-DEM) conseguiram adiar a ida do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa à CPI da Câmara Legislativa que investiga o mensalão do DEM no DF.
Intimidado, o homem-bomba do escândalo enviou ofício pedindo que seu depoimento, que estava previsto para hoje, seja marcado em "data futura". A manobra irritou a oposição, que esperava novas denúncias contra o grupo de Arruda.
Em recados enviados a Durval nos últimos dias, os governistas prometeram contra-atacar com dossiês sobre sua atuação como presidente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) no governo de Joaquim Roriz, hoje no PSC.
O ex-delegado responde a mais de 30 ações por supostos desvios no período. As denúncias contra Durval viraram munição para os aliados de Arruda, que se disseram prontos para botá-lo contra a parede na CPI.
Nos próximos dias, Durval Barbosa deve tentar um acordo para que os governistas não citem, durante seu depoimento à CPI, as denúncias da época do governo Roriz.
Em troca, os aliados de Arruda teriam a garantia de um depoimento sem novidades, no qual o ex-secretário se limitaria a confirmar o que já disse no inquérito sobre o caso no Superior Tribunal de Justiça.
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